Como escolher uma parceria de trabalho

Um parceiro de trabalho mal escolhido pode aumentar o volume e o peso das tarefas do dia a dia. Mas quando se decide dividir a responsabilidade com alguém o que se espera é justamente o oposto disso. Seja um sócio ou apenas alguém que vai dividir uma função com você na empresa, o objetivo da união é otimizar a produtividade e aumentar a qualidade de vida de ambos. Afinal, com as atividades compartilhadas, em tese, terão mais tempo para dedicar a outras atividades.

Como transformar isso em prática? Aqui vão algumas sugestões, inspiradas em um artigo publicado na Harvard Business Review.

Escolha o parceiro certo.

Seu braço direito, seu sócio ou a pessoa que divide com você uma mesma função na empresa, deve ser, acima de tudo, alguém com quem você tenha facilidade de comunicação. Uma pessoa disposta a colaborar e com quem você se sinta à vontade para discordar. Porque uma relação de trabalho próxima, muitas vezes, gera recorrentes discussões em torno de temas como a prioridade de cada trabalho, as políticas adotadas pela empresa e até sobre assuntos pessoais. Por isso, é fundamental que seu par seja compatível com você.

Também não é indicado que procure um espelho, alguém que reflita exatamente suas características. Mesmo que o encontrasse – o que não vai acontecer –, não seria uma união produtiva para a companhia. Habilidades, experiências e perspectivas complementares tendem a contribuir muito mais com o ambiente do que a potencialização de aspectos similares.

Escolha como vão dividir as tarefas.

Os dois modelos mais frequentes da divisão de tarefas no ambiente de trabalho são: a) cada um se responsabiliza completamente por determinados itens; b) as atividades são divididas na metade, e cada um responde por uma parte equivalente dos mesmos temas. O segundo modelo é aparentemente o mais simples, pois evita entrar em discussões subjetivas sobre o valor atribuído a cada uma das responsabilidades. Porém, a escolha de que caminho seguir depende tanto da natureza do trabalho quanto do estilo dos dois profissionais.

Comuniquem-se exaustivamente.

Falar, falar e falar. Pessoalmente, por telefone, por mensagem de texto, por e-mail, Skype, redes sociais… Esta é uma dica fundamental. Em uma parceria, tudo deve ser dito, para evitar confusões, mal entendidos e equívocos no futuro. É importante certificar-se sempre de que o outro entendeu sua mensagem. Algo simples pode tornar-se complexo dependendo da maneira que for comunicado.

Os temas a serem abordados vão desde a lista de tarefas a serem realizadas (e de que maneira fazê-lo) até os impactos de ações no longo prazo. Não existe assunto relacionado ao trabalho que seja pouco importante. Se tiver que optar, é melhor correr o risco de ser repetitivo do que trabalhar com suposições e omissões.

Certifique-se de que tem o apoio de seu gestor.

Se a parceria estabelecida for uma opção dos profissionais e, acima da dupla, existir um gestor, é fundamental que ele esteja em acordo com esse arranjo. Se o chefe não aprovar a divisão de tarefas, é provável que ela não funcione. Até porque vocês vão precisar mantê-lo informado sobre o desenvolvimento das atividades, sobre quem é o responsável pelo quê e como proceder na ausência de um dos dois. O acordo de trabalho compartilhado precisa estar claro não apenas para o seu par, mas também para a companhia.

Aprenda a lidar com expectativas e percepções alheias.

Além do chefe, todos os outros colegas de trabalho diretamente afetados por sua função devem estar cientes da parceria e de como ela funciona na prática. Tão importante quanto manter o fluxo de informações entre os integrantes da dupla é fazer-se entender pelos outros funcionários. Por isso, sempre que falarem sobre a parceria, deixem claro quais os benefícios do trabalho conjunto para o grupo, e não apenas para os dois.

Apresente também uma forma organizada de como todos devem se comunicar com vocês no dia a dia. Algumas duplas compartilham o mesmo endereço de e-mail e número de telefone, outras, preferem manter seus dados particulares, porém criam o hábito de copiar o outro nas mensagens, por exemplo. Seja qual for o acordo, ele deve ser definido e comunicado aos colegas. “Como” falar com vocês não pode se tornar uma questão mais importante do que “o que” será comunicado.

Quebre os preconceitos.

No ambiente corporativo, as duplas nem sempre são bem vistas. Se a finalidade da divisão de tarefas for a flexibilidade de horário de trabalho para ambos, é comum que alguns colegas interpretem o arranjo como falta de comprometimento profissional. Como combater isso? Executando o trabalho com excelência e em acordo com as regras da empresa. Esse comportamento deve estar implícito em cada ação da dupla. Contra fatos não há argumentos.

Dê um tempo para a relação se mostrar produtiva – ou não.

Uma vez escolhido seu parceiro de trabalho, leve em conta que toda relação precisa de um tempo para se ajustar. Pelo menos, alguns meses. É um período de experiência para avaliar se – e como – a parceria funciona. Mesmo depois que o trabalho em conjunto tiver entrado na rotina, as reavaliações são necessárias para reafirmar ou mudar a direção a qualquer momento.

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