5 dicas para fixar o pró-labore sem entrar no vermelho

O pró-labore, remuneração mensal do sócio ou dono da empresa, deve ser definido no plano de negócios. O valor fará parte do rol de custos da empresa e vai influenciar todos os demais cálculos, desde lucratividade e rentabilidade do negócio, até a formação de preços.

Devem ser previstos também no plano, juntamente com o fluxo de caixa, todos aumentos ao longo dos primeiros anos. Mas é importante ter em mente que, em geral, o retorno do capital investido só costuma ocorrer depois do segundo ano de vida da empresa.

É importante os sócios fixarem o valor da remuneração em contrato, de forma a atender todas as partes. No DRE (Demonstrativo de Resultados da Empresa) — contas resumidas da organização, apuradas em um período de tempo, normalmente, de 12 meses — os gastos com pró-labore devem ser lançados como custos ou despesas fixos.

Isso porque, independentemente do volume de vendas, o empreendedor vai receber essa retirada periódica, pois precisa dela para se manter.

Outro ponto fundamental é saber se a empresa vende o suficiente para arcar com esse gasto e se o valor estipulado não está tornando o preço de venda de produtos ou serviços pouco competitivo. Para não cair em armadilhas e permitir que a retirada abocanhe parte do capital de giro do negócio, o consultor de finanças João Paulo Cavalcante, do Sebrae, dá cinco dicas básicas.

1. Princípio da entidade: Mantenha as contas da empresa e da pessoa física separadas. Sempre emita cheques e cartões em nome da pessoa jurídica quando forem despesas do negócio;

2. Regularidade: As retiradas do pró-labore têm periodicidade fixa, da mesma forma que são pagos os salários dos funcionários. Pode haver uma data de pagamento e uma de adiantamento, na metade do mês;

3. Representação comercial: Despesas de trabalho não planejadas cobertas com verbas pessoais, como almoços com clientes, devem ser reembolsadas e é necessário prestar contas desses gastos;

4. Orçamento doméstico: Faça um rigoroso controle das contas pessoais para que o valor do pró-labore seja capaz de cobrir esses gastos. As despesas domésticas não podem ultrapassar o valor da retirada;

5. Reservas particulares: Recorra à poupança ou aplicações pessoais para cobrir despesas particulares quando acabar o recurso recebido a título de pró-labore antes da próxima retirada, mas nunca toque nas receitas da empresa.

Por Izabela Ferreira Alves – UOL

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